terça-feira, 3 de agosto de 2010


Se perguntarem quem sou…
Diz...
Que por vezes sou o mar,
De gigantescas ondas em fúria
Onde as gaivotas a esvoaçar,
Rodopiam em voos tresloucados
Fugindo de tanta procura!
Outras …
Apenas sou um barco solitário,
Procurando o sol e a brisa,
Os abraços rústicos do vento,
E o sórdido silêncio da lua!
Se perguntarem quem sou…
Diz...
Que por vezes sou uma baleia,
Respirando insegura à tona de agua.
Expulsando a cruel agonia,
De ser selvaticamente golpeada.
Outras…
Apenas a luz da imensa revolta,
Que se reflecte nessa denuncia!
Diz …
Que por vezes sou uma onda
Correndo enraivecida,
que se agiganta!
Outras...
Uma triste e solitária andorinha
Cansada de tanta aventura.
Se perguntarem quem sou…
Diz …
Que por vezes sou imprevisível
como o vento,
Varrendo as folhas ressequídas,
Outras…
A flor agreste e altiva
Que nasce e morre nos montes!
Diz…
Que por vezes sou a luz cintilante,
Que afaga o teu belo olhar.
Outras…
A razão sempre enaltecida
De renascer... para te AMAR!

(VÓNY FERREIRA)

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